Descrição

Quatro das principais peças do dramaturgo Henrik Ibsen (1828-1906): Espectros (1881), Um inimigo do povo (1882), Hedda Gabler (1890) e Solness, o construtor (1892) compõem esta caixa. Traduzidos diretamente do norueguês por Leonardo Pinto Silva, os textos mantêm um vigor permanente e integram o repertório de companhias teatrais de todo o mundo, contribuindo para que o autor se tornasse o mais encenado no mundo desde William Shakespeare.

Hedda Gabler (1890), uma de suas obras-primas, já foi adaptada cerca de quarenta vezes para o cinema e para a televisão, e oferece um estudo da psique feminina e suas estratégias ao descrever o projeto de vingança pessoal de uma mulher da alta sociedade. Espectros (1881), que chegou a ser proibida em vários países, trata de temas como a ocorrência de doenças venéreas, filhos bastardos, abuso sexual e até eutanásia no seio de uma família tradicional. Outro texto que despertou polêmica desde a estreia foi Um inimigo do povo (1882), no qual o embate com a sociedade fica ainda mais nítido. Na peça, os habitantes de uma cidade são levados, com a anuência e a participação dos poderes públicos, da imprensa e da elite econômica local, a optar por colocar em risco a saúde de moradores e turistas em troca da preservação de sua principal fonte de renda. Solness, o construtor (1892), escrita na última fase da vida do autor, aborda temas como desejos irrealizados, paixões platônicas e crepusculares, a morte e a impotência.

A Caixa Henrik Ibsen traz cada um dos títulos em volumes separados, num projeto gráfico que segue o modelo dos programas de espetáculos. Um quinto volume contém o posfácio do crítico Aimar Labaki, que discorre sobre a importância revolucionária do dramaturgo e faz um histórico das montagens desses textos no Brasil.

Tido como o pai do realismo no teatro moderno, Ibsen foi um dos grandes provocadores da literatura, com um olhar clínico e uma disposição aguerrida de encarar a hipocrisia e os tabus da convivência. Suas peças mostram sucessivas quebras de aparência, revelações incômodas e bruscas mudanças de situações – além de propor discussões de ordem moral.


Sobre a edição

Desenvolvido por Fábio Prata, Flávia Nalon e Gabriela Luchetta, da ps.2 arquitetura + design, o projeto gráfico da edição evoca, na caixa preta, um palco nu, e cada volume recebeu um jato de cor viva, aludindo ao impacto da modernidade das obras de Ibsen. Nos textos, algumas falas ganham destaque em letras grandes, lembrando os momentos de concentração de luzes sobre um ator na ribalta. Cada uma das quatro peças representa um volume, encadernado em brochura, como um programa de espetáculo, e o posfácio de Aimar Labaki ocupa o quinto volume.

Autor(a)

Henrik Ibsen (1828-1906) viveu boa parte da vida adulta longe da Noruega, morando na Itália e na Alemanha durante 27 anos, mas todas as suas obras se passam em seu país natal e foram escritas em norueguês. Nasceu em Skien, cidade portuária na qual seu pai controlava o embarque de madeira. Aos 7 anos, a falência dos negócios e o impacto psicológico sentido pela mãe se refletiram nos assuntos de suas peças, em que são comuns os problemas financeiros e os efeitos desagregadores provocados nas famílias.

Depois de fracassar na tentativa de iniciar estudos de medicina, Ibsen pôde exercitar sua vocação de dramaturgo e encenador ao se encarregar, por cinco anos, da direção artística de um teatro na cidade de Bergen. Nesse período, o autor se dedicava a um projeto romântico-nacionalista que gerou pelo menos uma peça célebre em versos, Peer Gynt (1867). A bancarrota do teatro de Bergen coincidiu com a adoção do veio realista que chamaria atenção além das fronteiras da Noruega. O marco dessa transição foi justamente Casa de bonecas.

Ibsen foi um dos abalos sísmicos que constituíram o grande terremoto trazido pelo modernismo à cultura ocidental. Nas palavras de Aimar Labaki, “para além de uma obra teatral responsável pela fundação do drama moderno, o trabalho de Ibsen criou, na linha de Freud, Darwin, Marx e Einstein, a base do que seria a consciência do homem ocidental no século xx”. É famosa a carta escrita a ele por um jovem James Joyce deslumbrado por suas inovações. E figuras cardeais do teatro do século XX, como George Bernard Shaw e Eugene O’Neill, reconheceram a dívida com Ibsen.

Ficha Técnica

Informação Adicional

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Dimensão (cm) 17 x 24 x 3,3
Peso (g) 1000
Ano de Publicação 2017
Número de Páginas 456
Encadernação e Acabamento Luva com serigrafia e brochuras
ISBN 978-85-69002-33-8
Escritor(a) Henrik Ibsen
Tradutor(a) Leonardo Pinto Silva
Ensaísta(s) Aimar Labaki
Designer PS.2 Arquitetura + Design
Ilustrador(a)
Idioma Original Norueguês
tradutor ensaio

Saiu na Imprensa

"Sou fã de Ibsen, já li e reli muitas de suas peças, mas ainda não conhecia "Solness, o Construtor". A tragédia pertence à última fase literária do dramaturgo e marca um progressivo afastamento do realismo e da sátira social. A peça é misteriosa, simbólica, lírica. Cuida da alma humana, suas ambições e desejos."
Eliana Cardoso, Valor Econômico, 20/04/2018 

Para entender a personagem imortalizada por Ibsen, é preciso ir além das aparências
Redação, Gazeta Gaúcha, 06/02/2018

"Henrik Ibsen (1828-1906), marco zero do teatro moderno, foi um apólogo da iniciativa individual contra o poder coletivo. Acreditava mesmo que era preciso abolir o Estado – e essa revolução, dizia, teria dele total apoio. Coerente, Ibsen criou personagens lembrados exatamente por seu individualismo exacerbado."
Antonio Gonçalves Filho, Estadão, 20/01/2018 

"Ibsen é um dos inventores do drama moderno. Polêmico, crítico e provocador, ele colocou no centro do debate as grandes questões do seu tempo. Começou na linha do romantismo, tornou-se um mestre do realismo e, na parte final da vida, enveredou pela busca da síntese poética. Em todas as fases, ele se revela um dramaturgo da cabeça aos sapatos, um poeta do palco capaz de erguer diante de nossos olhos cenas de alta voltagem dramática."
Severino Francisco, Correio Braziliense, 23/06/2018

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