Descrição

Nos dicionários, "bruzundanga" significa algaravia, barafunda, coisa de pouca serventia, ninharia. É com essa confusão que Lima Barreto nomeia um país fictício, a República dos Estados Unidos da Bruzundanga, cujas crônicas publicou de janeiro a maio de 1917 no semanário A.B.C., depois reuniu em livro, lançado apenas em 1923, após sua morte. Bruzundanga é "uma grande bagunça que, no entanto, se dá ares de importante, povoada por doutores, políticos e literatos", como descreve Beatriz Resende no posfácio. Os relatos sobre essa República que muito se assemelha ao Brasil – de ontem e de hoje –, assumem, na obra, o tom de paródia da história oficial, de seus herois e instituições. Esse humor representa, de acordo com Resende, uma nova forma literária utilizada por Lima Barreto para abordar o Brasil, depois dos contos, romances e crônicas. Para a organizadora do volume, dar a Os bruzundangas a forma merecida de clássico da literatura significa "romper com a exclusão a que tanto o texto quanto o autor foram submetidos no correr da constituição da história literária brasileira".

Autor(a)

Afonso Henriques de Lima Barreto, (Rio de Janeiro, 13 de maio de 1881 – Rio de Janeiro, 1 de novembro de 1922) mais conhecido como Lima Barreto, foi um jornalista e escritor que publicou romances, sátiras, contos, crônicas e uma vasta obra em periódicos, principalmente em revistas populares ilustradas e periódicos anarquistas do início do século XX. Sua obra vem sido constantemente reavaliada pela crítica, e hoje o autor é tido como um dos grandes nomes da história literária brasileira.

Ficha Técnica

Informação Adicional

PDF primeiras páginas N/A
Dimensão (cm)
Peso (g)
Ano de Publicação 2022
Número de Páginas
Encadernação e Acabamento
ISBN 978-85-69002-92-5
Escritor(a) Lima Barreto
Tradutor(a)
Ensaísta(s) Beatriz Resende
Designer
Ilustrador(a)
Idioma Original Português
tradutor ensaio

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