Descrição
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João do Rio, pseudônimo mais conhecido de Paulo Barreto (1881-1921), consagrado cronista-repórter, figura eminente no jornalismo e no mundo das letras brasileiro, sempre foi bem relacionado no meio teatral, teatral, por cobrir o assunto como jornalista e ter acesso frequente aos camarins, conhecendo atores, atrizes e coristas. Foi a pedido de amigos de alguns desses que passou, quando o jornalismo assim o permitia, a usar sua pena também a serviço da dramaturgia.
Bem menos conhecidas hoje que suas crônicas, contos e reportagens, suas peças fizeram bastante sucesso na época, chegando a ser encenadas em longas temporadas no Brasil, com representações em Portugal, França, Espanha, Itália e Estados Unidos.
Este volume reúne uma amostra da produção teatral de João do Rio. A peça Eva conta a história da filha de um fazendeiro paulista convida amigos para passar uma temporada em sua propriedade rural, próxima a Ribeirão Preto. Um crime, um caso de amor e vários flertes compõem a trama, que não economiza em ironias e descrições mordazes sobre os hábitos e costumes da elite do interior paulista.
Além dela, há As quatro fases de um casamento, uma peça em quatro atos que saiu publicada em jornal e permaneceu inédita tanto em livro como em montagens teatrais. No caminho inverso, o sainete Que pena ser só ladrão! foi primeiramente apresentado no palco, para depois ser reproduzido na revista luso-brasileira Atlântida – da qual João do Rio era um dos fundadores – em 1916. Finalizando o volume, entrevistas com o autor mostram como ele atuava também na luta pela defesa da profissionalização do setor no Brasil.
Autor(a)
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João do Rio foi o pseudônimo mais famoso de Paulo Barreto (1881-1921), um dos autores mais conhecidos – e controversos – do início do século XX no Rio de Janeiro. Cronista prolífico, ele também foi crítico de arte, escreveu romances, ensaios, contos, peças de teatro, conferências sobre dança, moda, costumes, política.
Ele foi pioneiro como repórter e criou um estilo de texto híbrido de literatura e reportagem, ficção e realidade. Mudou o modo de fazer jornalismo e ajudou a fundar a crônica moderna. O escritor que conquistou uma vaga na Academia Brasileira de Letras aos 29 anos era um personagem de múltiplas facetas. Usou sua pena para denunciar a miséria, foi porta-voz do povo humilde, que não tinha espaço na imprensa. Inovou ao deixar a redação do jornal e ir para a rua, subir o morro e percorrer os subterrâneos da cidade, para revelar a seu leitor um Rio de Janeiro desconhecido. Ao mesmo tempo, acompanhando as transformações da capital, que vivia, naqueles primeiros anos de República, a fase de sua Belle Époque, João do Rio foi também o cronista dos salões e recepções elegantes da alta roda – a elite que tentava se sofisticar e imitar os estrangeiros.
João do Rio percorreu o mundo, colecionou admiradores e desafetos. Gordo, mestiço e homossexual, vestia-se como um dândi – com, por exemplo, um fraque verde combinando com a bengala, cartola e monóculo. Vítima de um ataque cardíaco que o impediu de completar 40 anos, ele deixou 25 livros e mais de 2.500 textos publicados em jornais e revistas.
Ficha Técnica
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Informação Adicional
PDF primeiras páginas N/A Dimensão (cm) Peso (g) Ano de Publicação 2024 Número de Páginas Encadernação e Acabamento ISBN 978-65-5461-061-2 Escritor(a) João do Rio Tradutor(a) Ensaísta(s) Graziella Beting Designer Ilustrador(a) Idioma Original Português tradutor ensaio
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