
Italo Svevo escreveu dois romances na juventude, editados por conta própria, que foram ignorados por público e crítica. Depois do insucesso, deixou a literatura e foi trabalhar na firma de pintura de navios do sogro. Com mais de 40 anos, Svevo resolve estudar inglês por necessidades profissionais. Tem como professor um jovem irlandês de vinte e poucos anos que passava uma temporada em Trieste: James Joyce. Os dois se tornam amigos e é Joyce quem acaba estimulando Svevo a voltar a escrever, depois de ter lido, entusiasmado, os dois livros esquecidos.
Dimensão | 13 x 18 cm |
Volume | 1 |
Editora | Carambaia |
Idioma |
Português | Italiano |
ISBN | 978-85-69002-22-2 |
Número de páginas | 224 |
Peso | 270 gramas |
Ano de publicação | 2017 |
Acabamento | Brochura |
Tiragem | 1.000 |
Jornal Rascunho - Lições e gozações, por Rodrigo Gurgel - 01/11/2017
Folha de São Paulo - Anti-herói de Svevo faz refletir sobre literatura - 04/08/2017
Valor Economico - Italo Svevo satiriza presunção literária, por Márcio Ferrari - 28/07/2017
CBN Clube do livro - Livro póstumo de Italo Svevo chega ao Brasil, por José Godoy - 13/06/2017
Estadão - Livro inédito de Italo Svevo é publicado no Brasil, por Ronaldo Bressane - 29/04/2017
Diário Catarinense - Inédito de Italo Svevo no Brasil, por Carlos Schroeder - 12/04/2017
Mario Samigli tem 60 anos e vive com o irmão, que sofre de gota, em Trieste. Tem uma vida vagarosa, porém feliz, com um emprego burocrático que lhe garante um salário ao fim do mês. Essa existência é temperada pelo sonho de um tardio reconhecimento público de seu talento como literato.
A produção de Samigli como escritor resume-se a um romance escrito quatro décadas antes e às fábulas sobre pequenos animais, como moscas ou pardais, que rabisca diariamente. Até que um amigo apresenta-lhe um grande editor de Viena interessado em adquirir, por 200 mil coroas, o direito de tradução em todo o mundo de seu livro de juventude. O projeto logo se revelaria uma farsa. Uma gozação bem-sucedida, do italiano Italo Svevo (1861-1928), se passa em 1918, ano em que a cidade portuária de Trieste sai do domínio austríaco e é finalmente anexada à Itália. Esse “curto romance de uma brincadeira”, como classificou certa vez seu autor, chega ao Brasil pela primeira vez pela CARAMBAIA, com tradução e posfácio de Davi Pessoa, professor de literatura italiana na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), e projeto gráfico de Elisa von Randow.
A vida de Italo Svevo e Mario Samigli se assemelha em muitos pontos. Svevo também escreveu dois romances na juventude, editados por conta própria, que foram ignorados por público e crítica. Como seu personagem, depois do insucesso, deixou a literatura e foi trabalhar em outro ramo – no caso de Svevo, na firma de pintura de navios do sogro. As trajetórias se separam, entretanto, no momento em que Svevo, com mais de 40 anos, por necessidades profissionais resolve estudar inglês. Tem como professor um jovem irlandês de vinte e poucos anos que passava uma temporada em Trieste: James Joyce. Os dois se tornam amigos e é Joyce quem acaba estimulando Svevo a voltar a escrever, depois de ter lido, entusiasmado, os dois livros esquecidos.
Apenas aos 62 anos Svevo lançaria a obra que, enfim, o consagraria: A consciência de Zeno. Uma gozação bem-sucedida foi escrito três anos depois. Perto de sua morte – Svevo faleceria em um acidente automobilístico em 1928 –, o autor parece criar uma fábula, em tom de farsa, sobre o próprio percurso.
Tradução e posfácio: Davi Pessoa
Projeto gráfico: Elisa von Randow
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